quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Marinho e Nunes brilham

Depois da medalha de prata de João Rodrigues, no campeonato mundial de RS:X (windsurf), hoje foi a vez de os velejadores campeões europeus da classe 470, Álvaro Marinho e Miguel Nunes repetirem o feito na sua categoria. Terminou hoje o campeonato mundial da categoria, também na Austrália (este ano são quase todos lá...) e por apenas 0.9 (!!!) pontos que não conseguiam o enorme feito de se sagrarem vencedores. E até tinham partido para a última regata na liderança...

Estes também irão estar presentes em Qingdao (China) para a regata Olímpica, por isso, é mais um bom augúrio. Parabéns!

Ninguém pára o Cristiano Ronaldo!

Hoje lá foram mais dois... desta vez na baliza do Portsmouth. Afinal, parece que o "terceiro melhor futebolista do mundo" até joga melhor do que parece... E o Sir Alex vai apanhar um resfriado na carequinha, lol.

Impressionante. Espero que traga toda essa pica já na quarta-feira contra os campeões mundiais, a Itália.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Eu vi um sapo...

O novo anúncio da SAPO ADSL ressuscitou um clássico da infância da geração que agora está agora nos "late twenties, early thirties", se não estou em erro (não me lembro de ouvir esta canção quando era mais pequeno) - o "Eu vi um sapo", cantado pela, então criança, Maria Armanda.

Desde que tem passado na TV, o meu sobrinho apanhou-lhe o gosto e lá trauteia bastante frequentemente a música. E eu dou por mim a acompanhá-lo! Por acaso, também tinha saudades... uma canção infantil é sempre uma canção infantil!

sábado, 26 de janeiro de 2008

O fecho dos SAPs dá nisto...





Siderado. Boquiaberto. Incrédulo.

Foi como fiquei anteontem ao assistir no Jornal da Noite, da SIC, a esta gravação integral da conversação entre o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) o familiar de uma vítima mortal e as corporações de bombeiros voluntários de Favaios e Alijó. Prestei bastante atenção não só ao facto do ridículo e tristeza da situação mas por envolver estas duas terras que, posso dizer, conheço bem (a aldeia dos meus avós maternos é lá perto).

Isto é o resultado de acções governamentais bem pensadas e planeadas. Não haja dúvida...

Ultravox - "Vienna"

Se eu fosse vienense, sentir-me-ia muito orgulhoso de uma música como esta, da banda britânica Ultravox (1980).



Oooooooooooh, Vienna!

domingo, 20 de janeiro de 2008

Foi injusto...

... não ver o nome "Ricardo" naquele cartão que a Sílvia Alberto retirou do envelope que trazia escrito "Vencedor". Muito mesmo.

Quando na semana passada, vi a Vânia ser esmagadoramente salva (88%) pelo público e qualificada para a final, senti que tinha sido feita justiça, já que ela, mais o Nuno e o Ricardo eram, sem qualquer sombra de dúvida os melhores concorrentes desta edição da Operação Triunfo. O facto de o Ricardo ter sido eleito o favorito, nessa mesma gala, só me criou expectactivas ainda mais altas para um merecido êxito na gala de ontem. Mas não se traduziriam no fim que mais desejava...

A minha previsão era: Vânia (3º), Nuno (2º) e Ricardo (1º). Isto tendo em conta que o vencedor seria escolhido por televoto e o Nuno e o Ricardo haviam sido favoritos enquanto que a Vânia não.
Ao primeiro envelope foi-se logo a previsão para a valeta, mas considerei o resultado justo pois o Nuno ainda tem de evoluir um pouco mais para apanhar o comboio onde já estão tanto o Ricardo como a Vânia. A minha desilusão veio logo a seguir, com a madeirense a ver o seu percurso ser premiado com a vitória final e o direito a gravar um CD e a usufruir de um montão de euros.

É engraçado que, antes de saber o vencedor, tinha-me convencido que ficaria contente com qualquer um deles como vencedor - se bem que preferiria sempre no íntimo que fosse o Ricardo. Depois da revelação, foi como se estivesse estado a enganar-me todo este tempo, e o sentimento de injustiça tomou proporções que não pensei.

São as regras do jogo e há sempre um lado (ou mais, neste caso) que saem desiludidos... mas não percebo como é possível remeter para um 2º lugar um concorrente que brilhou SEMPRE em todas as galas, que nunca esteve abaixo da excelência, que nunca deixou de me surpreender com o brilho e portentosidade que dava às suas actuações.

Como é que alguém que canta assim...



... não é o vencedor inequívoco??? Não percebo. Simplesmente, não percebo.

Espero honestamente que alguém pegue neste homem porque ele é melhor que ouro e, como a Ana Bola disse, aparecem muito poucos como ele por esse país (ou mesmo mundo) fora.

O regresso prateado de João Rodrigues

Foi com regojizo que soube, ontem, que o melhor windsurfer português, João Rodrigues, arrebatou o 2º lugar no campeonato mundial da modalidade (classe Neil Pryde RS:X), realizado em Takapuna Beach, Nova Zelândia. O mais extraordinário é que ele foi sempre escalando a classificação geral até "roubar" a um israelita o título de vice-campeão mundial, na última regata.

Antigo campeão mundial (1995) e europeu (1996, 1997), participou em cinco (!) Jogos Olímpicos e, após uma retirada temporária em 2004, regressou em 2006, conseguindo resultados de relevo, entre os quais, mais uma presença olímpica, este ano, em Pequim.



Um bom augúrio este 2º lugar! Parabéns e boa sorte em Qingdao!

Os "downs" e os "ups"

Ainda há dois posts atrás me lamentava da caca de dia (perdoem a expressão mas é assim mesmo) que tive no laboratório, à custa de uma sucessão de resultados negativos exasperantes...

Pois não é que, na sexta-feira, alguma entidade supranatural deve ter sentido pena de mim e, para compensar, resolver dar-me um sinal encorajador (o meu método de obter um mutante estava empancado há algumas semanas e desta vez parece que quer progredir!) e um resultado positivo (consegui produzir um clone necessário para quando tiver o mutante!). E ambos um a seguir ao outro!
Obviamente, se na quarta-feira difundia um incómodo sentido de frustração, dois dias depois já transbordava de contentamento. Sim, parecia ridículo. Parecia uma criança. Eh, que se lixe!

Estou para ver quanto tempo ainda vou viver desta forma os altos e baixos tão típicos e intrínsecos à vida de um investigador científico... Se, por um lado, poderá conduzir-me a um estado crónico de bipolaridade (lol) por outro, não estou a ver-me, já velho, a viver as desilusões e alegrias de uma forma indiferente.

sábado, 19 de janeiro de 2008

David Fonseca feat. Rita Redshoes - "Hold Still"

Já tem uns meses, mas acabei agora mesmo de descobrir esta canção enquanto andava à pesquisa de músicas pertencentes a uma fantástica voz feminina, de nome artístico Rita Redshoes, também descoberta por mim há pouquíssimo tempo.
Realmente... A minha ignorância musical é tão grande que não vai além do que é comercialmente publicitado; depois fico fascinado quando encontro pérolas musicais e visuais (ver videoclip abaixo) e reparo que já têm meses... Enfin.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Post número 100

Gostaria que este post número 100 fosse marcado por algo verdadeiramente bom. Não vai ser assim. Não vou estar a reservar os meus sentimentos para o post a seguir só para não estragar a efeméride...

Não estou deprimido nem coisa que o valha. Sinto-me apenas um bocado em baixo. Podia ser porque estivesse a incubar uma constipação - o tempo está para isso e eu sou alvo fácil - mas não. Hoje, quarta-feira, começo a acumular o cansaço dos últimos três dias; desde segunda-feira tenho saído sempre às 20h00, ou a passar, e, para ajudar, a espera interminável pelo único autocarro que posso apanhar e que, aquela hora, é menos frequente. Hoje, ainda pesou um bocado mais a decepção de (mais) um resultado negativo no que toca às minhas clonagens. Ao menos parece que a obtenção do meu primeiro mutante está a correr pelo melhor, mas não quero estar a alimentar esperanças/agoirar...

O remédio é uma boa noite de sono, é o que é.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Cientistas por um melhor PCR

Por esta altura, devem ser poucos os investigadores científicos, ou aprendizes de investigador, que, tendo um blog, ainda não tenham dado nota da mais recente pirueta publicitária da BioRad, conhecida empresa de biotecnologia. Eu era um desses. Era, porque não posso deixar de mostrar a criatividade levada ao extremo (ou ao ridículo?) do departamento de marketing desta empresa:



There was a time when to amplify DNA
You had to grow tons and tons of tiny cells
Then along came a guy named Dr. Kary Mullis
Saying you can amplify in vitro just as well

Just mix your template with a buffer and some primers
Nucleotides and polymerases, too
Denaturing, annealing and extending
Well, it's amazing what heating and cooling and heating will do

PCR, when you need to detect mutations
PCR, when you need to recombine (recombine)
PCR, when you need to find out who the daddy is (who's your daddy?)
PCR, when you need to solve a crime (solve a crime)

PCR, when you need to detect mutations
PCR, when you need to recombine (recombine)
PCR, when you need to find out who the daddy is (who's your daddy?)
PCR, when you need to solve a crime (solve a crime)


De facto, era uma coisa que nunca pensaria juntar: uma canção tipo "Artistas Unidos por África" e uma letra a descrever a história e mecanismo subjacente ao PCR... !!!

domingo, 13 de janeiro de 2008

Contagem de 1 a 11

Um...


(Lisandro López, 4')

Dois...


(Raúl Meireles, 17')

Três...


(Lisandro López, 81')

Quatro...


(Ernesto Farías, 91')

Onze... pontos!!!

sábado, 12 de janeiro de 2008

The Pogues & Kirsty MacColl - "Fairytale of New York"

Estes dias foi-me apresentada esta canção, criada em 1987 pela banda inglesa The Pogues e interpretada em conjunto com Kirsty MacColl. Supostamente é uma canção natalícia, mas a letra e o videoclip são tudo menos enternecedores e característicos da magia da época. Apesar de não ter atingido o #1 do top britânico, durante o Natal desse ano, foi eleita a "melhor canção de Natal" pela VH1 UK entre 2004 e 2006.

Custa um bocado a apreciar de início, sobretudo pela voz do vocalista (soa a bêbedo... mesmo quando aparentemente não está), mas a musicalidade entranha-se após umas quantas audições.



It was Christmas Eve babe
In the drunk tank
An old man said to me, won't see another one
And then he sang a song
The Rare Old Mountain Dew
I turned my face away
And dreamed about you

Got on a lucky one
Came in eighteen to one
I've got a feeling
This year's for me and you
So happy Christmas
I love you baby
I can see a better time
When all our dreams come true

They've got cars big as bars
They've got rivers of gold
But the wind goes right through you
It's no place for the old
When you first took my hand
On a cold Christmas Eve
You promised me
Broadway was waiting for me

You were handsome
You were pretty
Queen of New York City
When the band finished playing
They howled out for more
Sinatra was swinging,
All the drunks they were singing
We kissed on a corner
Then danced through the night

The boys of the NYPD choir
Were singing "Galway Bay"
And the bells were ringing out
For Christmas day

You're a bum
You're a punk
You're an old slut on junk
Lying there almost dead on a drip in that bed
You scumbag, you maggot
You cheap lousy faggot
Happy Christmas your arse
I pray God it's our last

The boys of the NYPD choir
Were singing "Galway Bay"
And the bells were ringing out
For Christmas day


I could have been someone
Well so could anyone
You took my dreams from me
When I first found you
I kept them with me babe
I put them with my own
Can't make it all alone
I've built my dreams around you


Abaixo a primeira aparição televisiva da banda, em Dezembro de 2005 - 17 anos depois da última - a interpretar a canção conjuntamente com Katie Melua:

Foz Velha

Na passada 3ª feira, as minhas chefinhas tiveram o seu exame probatório do 1º ano de doutoramento. É como se fosse uma tese, durante a qual mostram o trabalho feito até então e o júri aprecia e dita se continuam com o doutoramento nos próximos 3 anos. Nem todas as universidades fazem isto mas no ICBAS sim, e como é esta instituição que lhes conferirá o grau académico, lá têm que se sujeitar - a minha vez chegará.

O que interessa é que lhes correu bem e, sugestões do júri aparte, só têm que voltar a pensar nisto a sério em 2010. Para comemorar, decidiram pagar-nos o lanche nesse dia - seria no Café Progresso - mas como as apresentações prolongaram-se demasiado, ficou tarde para ir para lá e, por isso, tivemos que nos contentar com a Alicantina (após umas quantas visitas, já não posso com o sítio e com os empregados...); além do mais não pudemos ir todos.

Era também suposto o nosso chefe-mor levar-nos a jantar nesse mesmo dia - pagava ele, lol. O local escolhido foi o "Foz Velha" que, como o nome esclarece, se situa na Foz Velha, perto do Forte de São João. Não fomos na 3ª feira, porque o restaurante só reabria no dia seguinte, por isso na 4ª feira lá estávamos caidinhos. Não conhecia o "estabelecimento" mas dá para ver no site o requinte que este espaço transborda. Até me senti algo desconfortável quando os empregados me pediam para guardar o casaco, lol.
E o menu? Nossa! Os pratos eram daqueles cujo nome ocupa duas ou três linhas e só me lembrava do princípio. Levámos o triplo do tempo habitual para escolher as entradas, pratos e sobremesas, tal era a variedade disponibilizada. É costume dizer que "quanto maior a escolha, mais difícil se torna". Pois. Se não fosse pelo pãezinhos, a entrada e a sobremesa, tinha passado fome com o prato que pedi - um "ninho de bacalhau envolto em misto de legumes, azeitonas pretas e tomate seco com emulsão de coentros" (tive que ir copiar do site, claro).

Mas o que valeu foi o ambiente, tanto o do restaurante como o proporcionado pelo convívio entre o pessoal do laboratório... Ah, e não esquecendo o espectáculo que a filha dos chefes proporciona sempre que sai à noite connosco. É nestes momentos que fico contente por ter ido parar a este grupo.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Desporto 0, Terrorismo 1

Foi com grande espanto que soube que o Rali Lisboa-Dakar desde ano tinha sido cancelado pela organização devido a receios da ocorrência de ataques terroristas durante prova.

Foi com muita pena que tomei consciência que o terrorismo também já conseguiu marcar pontos na área do desporto.

É óbvio que o principal é assegurar a segurança de todos os intervenientes desta prova - os que vão nos carros, motas e camiões, mas também os que assistem de fora, sejam membros das equipas ou espectadores; os prejuízos financeiros gerados pelo cancelamento têm alguma relevância, mas estão em segundo plano, comparado com a segurança das pessoas.
Mas esta cedência, que originou o primeiro cancelamento de uma grande prova internacional por motivos de insegurança ligados ao terrorismo, pode ser a indesejada motivação para estes bandidos. Não tarda nada e veremos mais provas desportivas internacionais, de maior gabarito, a sofrerem a mesma pressão.

Espero poder rever esta prova, em 2009. Isto se os palhaços dos terroristas estiverem de "folga" nessa altura...

sábado, 5 de janeiro de 2008

Curso de ratos e ratinhos

Oficialmente, "Formação interna do biotério". Seja qual for o nome que se lhe dê, foi isto que preencheu os meus dois últimos dias da semana que passou, no regresso ao IBMC. Só não percebo porque não foram capaz de agendar isto para a semana seguinte, se estavam tão necessitados de fazer a uma 5ª e 6ª feira... Ainda tinha ficado com uma segunda semana inteira de férias e de preparação mental para o regresso ao trabalho.

E começou muito bem. Não fui avisado (a responsável pela formação não tinha o meu endereço de e-mail - mas tinha o da minha colega... que não podia frequentar!) que as aulas téoricas começavam, não às 9h30, mas às 14h30. E assim acordei eu cedinho e com sono, saí de casa a chover e fui bater com o nariz na porta fechada do auditório. Just great! No dia seguinte, seria o mesmo cenário, mas desta vez haveria mesmo aulas de manhã.

Nem falo das teóricas porque nem consigo transcrever aquilo que foi dado porque é tudo tão interessante que já nem me lembro. Ah... instalações sanitárias e condições de alojamento,
características biológicas e necessidade fisiológicas dos animais, etc. etc.... O que teve piada foi meter as mãos à obra e manipular os animais; no meu caso, ratinhos, apesar de também haver ratos (maiores, sim, e com caudas da grossura do dedo mindinho, como a minha mãe tem medo, lol). Coitados dos bichos. Bem sei que eram excedentes e destinados a eutanásia, mas fizemos-lhes tanta judiaria que quase os matávamos era do susto e ansiedade que das acções em si. Sabiam que o método de acalmar ratos nervosos, quando os tiramos da caixa, é segurá-los pelo peito e agitá-los para cima e para baixo com brusquidão??? Que mocada! :D

Com alguma dificuldade, lá consegui aprender a pegá-los pelo cachaço e a administrar anestesia via intraperitoneal (tem que se esticar e imobilizar o bicho pelas costas e injectar junto à pata). Fiquei orgulhoso de mim, lol, porque estava a ser-me difícil agarrar correctamente e depois a prender a cauda e a pata traseira esquerda; são três acções com a mesma mão! Depois de anestesiados foi,
então, mais fácil e praticámos todos os outros tipos de injecção - intravenosa, intradérmica, subcutânea - e no fim, porque ainda estavam vivos mas todos picados, e antes que acordassem, eutanasiamo-los intracardiamente (sim! no coração!).

Da próxima vez, vou para o biotério aprender como se trabalha lá. No fim desta formação, devo garantir a categoria B da FELASA para trabalho com animais de laboratório.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

"A Walk to Remember"



Na primeira madrugada de 2008, assisti a este filme, baseado na obra literária homónima de Nicholas Sparks. Quando vi o título em Português, "Um Amor para Recordar", desconfiei que o autor fosse este; quando me foi confirmado, topei logo qual o tipo de filme que ia assistir. E vi-me em algumas partes a adivinhar o que ia acontecer.

Não tenho jeito nenhum para crítico de cinema, por isso, este meu post está longe de o querer ser. Apenas queria mostrar o quanto este filme me tocou nessa noite. Marcou-me imenso pela sua intensidade dramática, pela forma como o amor consegue unir duas pessoas apriori completamente opostas - um típico rapaz de liceu popular, mas rebelde e claramente decepcionado com a vida; uma rapariga extremamente crente em Deus e na vida, filha do padre local e membro do coro da igreja, com apurado gosto por astronomia mas um fraquíssimo sentido de auto-imagem - e transforma as suas vidas... quer no modo de encarar essa mesma vida e os outros, bem como na esperança de que o amor e a realização dos sonhos podem vir da pessoa mais improvável.

Mas sendo escrito por Sparks, está previsto que este amor não será eterno e a dor marcará o seu fim. Por um lado, a consciência deste destino malfadado, a luta de um deles para elevar ao sonho o que resta da vida do outro (e de ambos como casal), e por outro, a progressiva metamorfose psicológica de uma das personagens - que acaba também por mudar aqueles que o rodeiam - são os aspectos fundamentais na força e impacto deste filme. Adorei.

Ah, a actriz principal, Mandy Moore, é cantora e emprega fantasticamente os seus dotes vocais umas duas vezes, no próprio filme, e bastantes mais na banda sonora, como podem ver neste excerto do filme (uma das poucas vezes em que a personagem aparece "jeitosa"):



(Mandy Moore - "Only Hope")

Reveillon

Passado em casa, à imagem de 22 dos 23 anos da minha existência; apenas um ano passei as 24 horas de 31 de Dezembro (ou 0h de 1 de Janeiro) fora de casa, juntamente com alguns colegas do secundário.

Desta vez, os meus tios de Guimarães - que já tinham vindo no Natal - voltaram a passar a noite connosco, o que é sempre bom pois "quantos mais, melhor"! O meu primo não esteve presente porque decidiu passar o reveillon em Londres. Chamem-lhe burro...

De modos que fomos 6 gatos pingados, lol, a festejar as 12 badaladas (ou caricadas, graças à Super Bock, que consegue sempre o último anúncio do ano) sintonizados no programa dos Gato Fedorento (à falta de melhor na SIC... e nem falando da TVI). Muitos beijos, abraços e desejos de sucesso e felicidade para o recém-nascido ano. The usual. Assistir aos espectáculos de fogo-de-artifício que a TV ia possibilitando, com o Funchal sempre na linha da frente (a sério, não morro sem passar um reveillon lá!) e, curiosamente, sem qualquer imagem dos de Lisboa, lol. Parece que 2008 chegou lá às 00h01, segundo ouvi... lol.

Mas... e depois? Os festejos pelo ano que chega terminam tão rápido como o acto de abrir o espumante que se bebeu para o celebrar. Passado nem uma hora, vão-se tios, terminam os programas de fim-de-ano, e fica tudo como dantes. A única diferença é o leitor de vídeo que passa a mostrar "01 01".

Tal como o Natal não é o mesmo sem a família e torna-se menos mágico e bonito quando crescemos, também o reveillon me parece tornar-se uma efeméride mais banal. É um fulgor momentâneo que faz a ponte entre dois dias iguais a quaisquer outros (bem, 1 Janeiro é feriado, ok), só que em anos civis diferentes. Ou, se calhar, sou eu que estou urgentemente a precisar de experimentar reveillons mais divertidos. Ai, Funchal, Funchal...