quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Nova bandeira francesa

Os adeptos de futebol franceses irão levar para a África do Sul esta bandeira de apoio aos Les Bleus:

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A parábola do Dragão

«Naquele tempo Jesus andava muito feliz. Os seus discípulos tinham-no habituado a muitas e fartas alegrias. Notava-se no seu olhar um brilho muito intenso. Ele era a Luz. Ele espalhava a Luz.

E a Luz que irradiava ainda brilhou mais intensamente quando Jesus soube que os representantes da sua cidade natal ofereceram um pastel de Belém ao Dragão, que aceitou, mas que lhe caiu mal.

Jesus e os seus discípulos durante semanas seguidas andaram a esbanjar Luz por todo o lado e em todos os sentidos. Os milhões dos seus seguidores quase enlouqueciam, tão cheia estava sempre aquela Luz. O entusiasmo era muito grande porque havia muito tempo que não viam uma Luz tão alegre. E faziam-se projectos para que a Luz fosse mais e mais intensa e brilhante. Até Jesus ia na onda e fazia sinais com as mãos e dedos, em plena cerimónia litúrgica, indicando aos outros o grau de intensidade que aquela Luz tinha atingido. Os historiadores diziam que num outro século tinha havido uma Luz assim ou, porventura, ainda mais forte. E acrescentavam que tinha sido uma pantera negra, que tinha vindo de muito longe, a grande responsável por uma tão majestosa iluminação que, naquele tempo, chegou a conquistar a Europa. O que é certo é que agora ninguém queria saber para nada do valor do investimento que tinha sido feito para repor a felicidade dos milhões que adoravam ter uma Luz assim. A Luz cegava. O objectivo era claro, aquela Luz não aceitaria mais humilhações. Tinha de eliminar o poderoso Dragão, custasse o que custasse.

O Dragão, honrado e incansável trabalhador, vivia muito feliz numa cidade de província e também tinha conseguido produzir uma chama, embora de fabrico artesanal, sem grandes apoios, na base de um trabalho muito esforçado. Essa chama era muito diferente da outra. Tinha características únicas. Era mais recatada. Só se exibia a propósito. Caldeada no foro mais íntimo do Dragão na base do sacrifício, da vontade, da inteligência, da convicção, da organização, da autenticidade e da verdade era uma chama que tinha uma marca própria e muito mais barata do que a outra, até porque os meios da cidade da província eram apenas o resultado do trabalho esforçado dos que lá viviam e nas terras circunvizinhas e não parte dos proveitos de uma cidade que se habituou a viver uma vida própria de uma capital de império que já fora, habituada a gozar à fartazana, à custa do resto do território e do tráfico de influências junto de um poder político todo localizado na capital.

A chama do Dragão, rude à primeira vista, até porque não podia esconder o tom atlântico e granítico da sua origem, sabia exibir a sua fidalguia, e fê-lo, e de que maneira, em diversos mercados europeus, onde, por mais de uma vez, bateu outros concorrentes que tinham um poder económico incomparavelmente mais forte.

A chama oriunda da capital do império acaba recentemente de sofrer um enorme apagão numa outra cidade da província, mas continua a sonhar colocar o Dragão no lugar adequado aos pacóvios da província. Estão enganados. Um dia irão perceber que o dinheiro e os favores de uma capital do império não compram tudo. Um dia irão perceber que a capital do império está num processo de decadência sem retorno. Um dia irão perceber as consequências das instituições da capital do império terem perdendo prestígio cada dia que passa. Um dia acordarão com os credores a bater à porta. Um dia o apagão também acontecerá na capital do império. E será nesse dia que o Dragão, sem que se saiba ou se sinta, iluminará a capital, e também… a Luz.»

José Silva Peneda, in JN (04/11/2009)

domingo, 1 de novembro de 2009

Eles sabem o que isto quer dizer



Isto é o Songoku a dirigir-se ao seus inimigos. Eles sabem o que o gesto quer dizer...