sábado, 25 de outubro de 2008

Um azul muito escuro

Não sei o que se passa e, muito honestamente, nem sequer me atrevo ou vou martirizar-me a pensar nisso, mas o que é verdade é que lá pelos lados das Antas, anda uma equipazeca qualquer de futebol a fazer-se passar - e até usa o mesmo nome! - por um enorme clube que, nos últimos anos, ganhou um chorrilho de títulos, com bons jogadores a praticarem um belo futebol.

Noites muito negras, muito escuras, num estádio que parece que deixou de ser talismã e impôr respeito aos adversários. Algo está muito mal, e espero sinceramente que esta "crise" (como a imprensa vai rapidamente apelidar e regozijar-se) se resolva em breve, porque ser-se portista é ser-se exigente e não pactuar com estas exibições paupérrimas.

É um perfeito desgosto ver (ou ouvir) uma equipa que parece ter perdido a noção de jogo colectivo; jogadores que, antes fundamentais, agora parecem tão básicos como muitos outros; reforços que não os são e posições que necessitam incrivelmente de os ter (precisam-se extremos!!!). E se ao primeiro jogo mau, se culpam os jogadores, ao segundo... Senhor professor, acautele-se porque se treinar o FC Porto é arriscar-se a ser campeão, o que é facto é que treinador que não ganha e mostra bom e consiste futebol vai borda fora. E o que é facto é que nenhum treinador portista ganhou mais de dois campeonatos seguidos. Tem muita reflexão a fazer!

Parabéns ao Leixões. Antes ter perdido para eles, que até jogaram muito bem e são uma equipa histórica, quase "de estimação".

Estou morto

Foi assim, ou bem pior, que saí ontem do ginásio. Isto porque resolvi experimentar, pela primeira vez, uma aula de Body Pump.

Pois é. Pobre de mim, fiquei mesmo nas lonas. Suei como um porco... não, como quatro porcos! Quase nem conseguia ver com as gotas a escorregarem-me pelos olhos. E as tremuras? Parecia sei lá o quê, nem me conseguia segurar nos braços e nas pernas para alguns dos exercícios... Descobri músculos que nem conhecia, lol.

Mas o Óscar, o monitor, foi muito porreiro e incentivou-me quando me via ir mais abaixo. Afinal de contas, os efeitos que estava a sentir eram os que ele esperava para alguém estreante nestas coisas.

Hoje, parece que tenho chumaços de 50 quilos em cada músculo das minhas pernas. Mal me consigo levantar duma cadeira ou até andar. Paridinho, não sou?

Próxima aula: duas semanas! (Graças a Deus...)

A minha secretária

cartoon from www.weblogcartoons.com

Não tenho tanta tralha, mas que por vezes perco-me na minha própria confusão, isso sem dúvida.

domingo, 19 de outubro de 2008

Meet Mrs Palin

Há lá coincidências...

Ainda a propósito do "Max Payne"... Reparei agora que, neste post, datado de há quatro meses, ainda nem sequer fazia ideia que o actor principal do "The Happening" seria exactamente o mesmo da adaptação cinematográfica deste jogo...

Há lá com cada coincidência, pá.

sábado, 18 de outubro de 2008

Novo hino nacional?



Deolinda, "Movimento Perpétuo Associativo"

Max Payne



Estreou na quinta-feira, mas só hoje fui ver. Isto para mostrar como já esperava pela estreia deste filme há algum tempo.

Acho que já confessei o quão fã eu sou dos (ainda só) dois jogos de computador. Estranhamente, não me lembro como encontrei o primeiro jogo, só sei que joguei e fiquei viciado e não descansei enquanto não tivesse o segundo.
O que me atraiu? Primeiro, o facto de um third-person shooter game conseguir ter uma história tão interessante, convincente e engenhosamente estruturada. Segundo, a excelente forma como ela é apresentada: banda desenhada, ao estilo de Sin City. Aliás, o sentimento noir e depressivo é quase ou tão bom. Terceiro, a FABULOSA banda sonora e tema principal que promovem o ambiente ideal.

Daí que quando soube da adaptação hollywoodesca (vi muita coisa "indie" na net), não via a hora de fixar os meus olhos durante quase 2 horas nesta película. Não porque soubesse quem era o realizador ou quem iria fazer as diferentes personagens - sou tudo menos cinéfilo - mas porque queria mesmo ver como se consegue adaptar ao ecrã algo que funciona muito bem como videojogo. Teria necessariamente de haver alterações porque há coisas que funcionando como jogo não saem tão bem em filme.

Como, já disse, sou tudo menos cinéfilo e crítico de cinema, gostei do que vi. Conseguiram construir um filme que se manteve fiel a muito do jogo original mas reestruturando a história de modo a ter um principio, meio e fim(?). Estética visual deliciosa, mantendo ao máximo o sentimento negro e profundo da história. E Mark Wahlberg encarnou bem a atormentada e vingativa - não tão filosófica como no jogo - personagem.

Claro que houve coisas que não pareceram tão bem. Houve demasiado ênfase sobre as "valquírias" (um pouco demoníacas) que apareciam nas alucinações dos drogados, dando a parecer em certa altura que estava a ver o "Reign of Fire" fundido com "Os Dias do Fim". Jim Bravura, um velho polícia de raça branca, transformou-se num jovem detective afro-americano (???). E tive pena - mas era esperado, já que este filme é do primeiro jogo - da pouca influência da Mona Sax na história. Mila Kunis é girinha, mas se fizerem um segundo filme, espero que, tal como no jogo, a Mona seja bem mais madura e sensual.

Mas o que não perdoo MESMO... foi não terem usado o tema do jogo. Nem que tivesse sido arranjado de outra forma. Para mim, Max Payne tem de ter isto.

"I don't believe in heaven.
I believe in pain.
I believe in fear.
I believe in death."


sábado, 11 de outubro de 2008

Era uma vez um pinheiro

Há 11 anos, os meus pais compraram aquele que seria o último pinheiro natural a servir como árvore de Natal. No ano seguinte, fartos de ter de limpar a imensa porcaria que largavam, por si mesmo ou ao menor toque, decidimos investir numa árvore artificial, que ainda hoje é usada.

Foi um pinheiro originário da Holanda e comprámo-lo num horto na Circunvalação, ainda me lembro. Acho até que nesse dia estava meio doente mas quis ir com os meus pais escolhê-lo, e lá fui eu todo agasalhado.
Findo o Natal, não fizemos como nos anos anteriores em que o pinheiro ia direitinho para o lixo. Não, daquela vez - quem sabe talvez a adivinhar que seria o último - o meu pai decidiu plantá-lo num dos canteiros do quintal. Por um lado, preenchia o espaço deixado vazio por um arbusto de azáleas moribundo e que foi arrancado, por outro era algo a ocupar a terra vazia e solta que sempre foi um óptimo urinol para a gataria da vizinhança...

Talvez pelo facto do clima no Porto não ser tão mediterrânico como noutras zonas do país - é mais para o temperado marítimo, como em certas alturas do ano, na Holanda - é que se explica como ele se desenvolveu fantasticamente ao longo dos últimos 11 anos. De menos de 2 metros, atingiu mais de quatro, chegando quase a ultrapassar a janela do quarto dos meus pais, no 1º andar.



Anteontem, acabou-se. Com alguma tristeza do meu pai (que depois a transmitiu a mim, quando me contou) aproveitou andarem uns biscateiros a cortar árvores e arbustos na vizinhança, e pediu-lhe para deitarem abaixo o nosso pinheiro.
Num instante deitaram abaixo algo que acompanhou 11 anos da nossa vida, da minha vida. E quando a "perdemos" é que notamos a sua falta. Nem que seja pela imensa (e agradável) luz que agora nos reentra pela sala de estar, de manhã. Aliás, esta foi uma das razões principais por esta decisão. Há muito que não tinhamos luz decente na sala por sua causa, e quase não podiamos passar entre ele e a casa, tal era a sua proximidade.
Por um lado, podemos de novo bisbilhotar o que se passa na rua (lol) mas por outro, quem vai na rua agora também pode ver que estamos a bisbilhotar (bigger lol).

Parece que foi um animal de estimação que perdi, pela maneira como escrevo, não é? Mas é triste. São 11 anos que se foram... assim... Já não vamos mais ver os novos raminhos a despontar com aquele verde claro quase fluorescente. Nem os pardais e brincarem nos ramos, nem as aranhas nas suas teias.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

LOL

Acabei de receber isto do meu primo - portista dos sete costados, tal como o pai - e, pá, não posso deixar de me rir...


LFV tem uma crise cardíaca e morre!

Claro que ele aparece no Inferno, onde o Diabo o aguardava. O diabo diz-lhe:

- Nem sei o que fazer contigo. É evidente que estás na minha lista, porém não tenho mais lugares livres!

Depois de reflectir por alguns minutos diz:

- Já sei o que vou fazer: tenho aqui três pessoas que não são tão ruins como tu. Vou mandar uma delas para o Purgatório e tu deverás ficar no lugar dela. Até te vou fazer um favor: poderás escolher quem deves substituir!

LFV acha até que a proposta não está tão ruim quanto esperava e concorda. O diabo abre a primeira porta. Lá dentro está o seu amigo Gigi numa piscina na qual ele nada sem parar, mas quando se aproxima da borda, a borda recua e continua a nadar, nadar e nadar...

- Não, diz LFV . Sinto que não vou me dar bem: sou bom corredor mas mau nadador e acho que não conseguiria fazer isso o dia todo!

O Diabo o leva ao segundo compartimento. O Mantorras está lá, com uma marreta enorme quebrando pedaços de uma pedra gigante.

- Não, diz LFV . Tenho um tremendo problema na coluna e seria uma agonia perpétua se eu tivesse que quebrar pedras o tempo todo!

O Diabo abre a terceira porta. Lá dentro está o Pinto da Coista deitado numa cama com pés e mãos amarrados. Debruçada sobre ele, Carolina Salgado faz o que ela melhor sabe fazer na vida: Sexo Oral!!! LFV olha para aquela cena incrível durante um momento e diz:

- OK, fico com esse castigo!

O Diabo sorri e diz:

- OK, CAROLINA, podes ir para o Purgatório!

domingo, 5 de outubro de 2008

A velhinha República

Parabéns à Senhora! Não é qualquer uma que chega aos 98 anos. Mas se ela - e o país - se aguentar mais dois anos, o seu centenário vai ser uma festa bem maior e muito mais marcante que qualquer outro aniversário. Nem que seja porque em 2010 vamos poder fazer ponte, já que isto de feriado ao domingo é crueldade a mais!

Um Violino no Telhado

Ontem fui ver este musical ao Rivoli. Pela primeira vez, fui ver (1) um musical, (2) um musical do Filipe La Féria, e (3) um espectáculo no Teatro Rivoli.
Não ia com muitas expectativas. Primeiro, porque não sabia o que esperar de um musical "laferiano"; segundo, porque não conhecia de antemão a história, ao contrário de "Música no Coração" ou "Jesus Cristo Superstar" (dos quais não vi a adaptação portuguesa).

Ainda bem que não ia com expectativas, porque saí muito contente com o espectáculo e com o excelente profissionalismo dos actores e bailarinos. Foi muito agradável ver - mesmo que de longe - o desempenho do José Raposo, com momentos muito seus, e da grande Rita Ribeiro (grande ovação no final). Deu para perceber que temos actores capazes de brilhar em musicais, e o quão é bom existir um Filipe La Féria capaz de os conceber com grande qualidade... em português!

Como brinde - juro que foi mesmo pontaria - acabei por ir assistir à 100ª exibição do musical, aqui no Porto. Daí as flores entregues às meninas/senhoras, à entrada (para depois voarem para o palco e actores no final), flashes aqui e ali e câmaras a gravarem o espectáculo, e uma data de "tios e tias" todos aperaltados. Parecia quase uma estreia, diria, quer pela adesão do público como pela entrega dos artistas.

Muito bom, venha o próximo!