quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

"A Walk to Remember"



Na primeira madrugada de 2008, assisti a este filme, baseado na obra literária homónima de Nicholas Sparks. Quando vi o título em Português, "Um Amor para Recordar", desconfiei que o autor fosse este; quando me foi confirmado, topei logo qual o tipo de filme que ia assistir. E vi-me em algumas partes a adivinhar o que ia acontecer.

Não tenho jeito nenhum para crítico de cinema, por isso, este meu post está longe de o querer ser. Apenas queria mostrar o quanto este filme me tocou nessa noite. Marcou-me imenso pela sua intensidade dramática, pela forma como o amor consegue unir duas pessoas apriori completamente opostas - um típico rapaz de liceu popular, mas rebelde e claramente decepcionado com a vida; uma rapariga extremamente crente em Deus e na vida, filha do padre local e membro do coro da igreja, com apurado gosto por astronomia mas um fraquíssimo sentido de auto-imagem - e transforma as suas vidas... quer no modo de encarar essa mesma vida e os outros, bem como na esperança de que o amor e a realização dos sonhos podem vir da pessoa mais improvável.

Mas sendo escrito por Sparks, está previsto que este amor não será eterno e a dor marcará o seu fim. Por um lado, a consciência deste destino malfadado, a luta de um deles para elevar ao sonho o que resta da vida do outro (e de ambos como casal), e por outro, a progressiva metamorfose psicológica de uma das personagens - que acaba também por mudar aqueles que o rodeiam - são os aspectos fundamentais na força e impacto deste filme. Adorei.

Ah, a actriz principal, Mandy Moore, é cantora e emprega fantasticamente os seus dotes vocais umas duas vezes, no próprio filme, e bastantes mais na banda sonora, como podem ver neste excerto do filme (uma das poucas vezes em que a personagem aparece "jeitosa"):



(Mandy Moore - "Only Hope")

2 comentários:

Sara Oliveira disse...

O filme é fantástico. Já o tinha visto e não sabia que era do Nicholas Sparks.

Tem uma história muito bonita, de certa forma é um cliché americano, no sentido da miuda feia e inpopular e ele popular e giro. O que realmente muda são os contornos do desenvolver a história!

P.S. Desculpa a invasao **

Golias disse...

Olá Sara. Qual invasão?! Está à vontade, sempre que quiseres.

É... muitos filmes com essa base raramente conseguem manter um argumento dramático tão forte como este. Principalmente, quando se constata que as personagens são muito jovens ainda. Gostei muito do filme e vi-me bastante envolvido na história.