terça-feira, 29 de setembro de 2009

Facebook me!

Não tenho 684 amigos nem 7 requests, but who cares?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mais do mesmo...

... mas talvez não tanto. Ou seja, Partido Socialista mais 4 anos - em princípio... - mas sem a valiosa maioria absoluta que lhe dava "poder absoluto". E dificilmente haverá coligações à vista com o objectivo de recuperar a maioria perdida:

- o Bloco de Esquerda, apesar da sua histórica duplicação de mandatos, não tem suficientes deputados - E mesmo que tivesse, a "boca" que Sócrates dirigiu ao Louçã, durante o discurso de vitória, pareceu-me bem demonstrativo da vontade que o primeiro-ministro...

- o Partido Popular, que teve uma forte subida e assegurou deputados suficientes para, aliado ao PS, governar em maioria absoluta... jamais o faria!

Preve-se então uma legislatura ao estilo do segundo mandato de Guterres, com acordos e negociações pontuais com qualquer um dos partidos da oposição.

domingo, 27 de setembro de 2009

Dever cumprido

Há coisa de uma hora, depositei, mais uma vez, um boletim de voto numa urna. Infelizmente, tenho praticamente votado em branco em algumas das eleições anteriores, tal é o nível de confiança e crédito que dou aos actuais protagonistas políticos.

Mas, não obstante o meu sentido de voto no dia de hoje, faço questão de continuar a exercer este direito/dever, por respeito àqueles que, no passado, me permitiram cumprir este importante gesto de decisão.

Logo à noite, mais do que a curiosidade de saber quem nos vai (des)governar nos próximos anos, vai ser interessante ver qual das estações de televisão é que fará o mais entusiasmante e tecnologicamente avançado acompanhamento dos resultados do sufrágio.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Acudam-me!

Ando há dois dias a sair do trabalho às 20 horas (a passar). Hoje vai pelo mesmo caminho...

Raisparta a microscopia electrónica e a marcação de Thiéry!

Já não posso ver grelhas de ouro à minha frente!
Já não aguento os seus protocolos cheios de passos e tempos de espera em que não tenho nada para fazer (a não ser escrever aqui)!
Já estou saturado de persistir numa coisa que está mais que visto que não dá NADA!!!

...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Respondam-me a esta

O que têm em comum o Estádio do Dragão e os V Jogos Mundiais Militares Brazil 2011?

Pelos vistos, um é o wallpaper do site oficial do outro:



Aparte a estranheza da situação (?!), não deixou de ser uma agradável surpresa quando me deparei com isto.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A honestidade de Jesus

«Quando não se consegue [vencer] de uma forma, consegue-se de outra» - Jorge Jesus, treinador do Benfica

Contra factos não há argumentos!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Próxima leitura

Após muito tempo sem pegar num livro (tempo demais), chegou hoje a obra que me vai fazer regressar ao prazeroso mundo da literatura romanceada:


Sim... é a versão original, em inglês (com a capa europeia). A nova obra de Dan Brown foi lançada oficialmente no dia 15, mas tal como milhares (milhões?) de outras pessoas, fiz a pré-encomenda através da Amazon UK, no início deste mês. Chegou hoje, tal como previsto.

Só como curiosidade, livro + portes ficaram-me na altura por £15.19 ( cerca de €17), ou seja, bastante menos do que teria de dar pela versão portuguesa (quando saísse, sei lá quando) uns bons meses após o seu lançamento. Mas melhor... como fiz pré-encomenda, acabei por pagar o preço mais baixo que esteve em vigor até à data de lançamento... £4.99 - quase €6!!!

Onde em Portugal se compra um asseguradíssimo best-seller mundial - já bateu recordes de pré-encomendas online - por esta módica quantia? Para quem não tem problemas em ler em inglês, como eu, foi um excelente negócio. Mais um a juntar aos já efectuados através da Amazon.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

BOBAAAAAGEM!!!

Sounds familiar? Hmmm... Perguntem ao Marco Horácio.



PS: o videoclip é do mais ridículo que anda por aí (safam-se as mininas)... E o "cantor"? Faz o Zézé Camarinha parecer um gentleman...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dois anos

Olha. Parece que faz hoje dois anos que criei este espacito... Parabéns a mim!

Del Potro!

Eis o inesperado mas merecidíssimo novo campeão do US Open - Juan Martin del Potro!

Este argentino de 20 anos (vinte!), com 1.98 metros (um metro e noventa e oito centímetros!!!!) acabou há pouquinho de vencer, à melhor de cinco sets, nada mais, nada menos que o campeoníssimo Roger Federer. Ele, que nunca tinha estado numa final de um torneio do Grand Slam, não desperdiçou esta oportunidade única, e levou a taça que há cinco anos tratava Federer por "pai"...


© Getty Images

Um jogo que não começou com grande qualidade de parte a parte, foi ganhando entusiasmo pelo aumento de intensidade e dramatismo, à medida que um e outro iam conquistando sets alternadamente. Federer ganhou os seus de uma forma segura (6-3, 6-4), enquanto que os de Potro foram à justa, em dois tiebreaks (7-6, 7-6). O set decisivo acabou por ser o mais rápido e desequilibrado: 6-2 para Potro que, arrancando para um 3-0, ao quebrar o serviço de Roger logo ao segundo jogo, acabou por ditar a restante história do encontro.

Notou-se a falta de descanso (ambos tinham jogado apenas 24 horas antes ao invés das 48 horas de intervalo), e que afectou sobretudo um Roger Federer hoje não tão "perfeito" e senhor de si e do seu ténis. Os muitos erros da sua parte, mais algumas confusões com o árbitro e o sistema hawk-eye, levaram-nos a ver, pela primeira vez, um Federer irritado e a fazer uso do vernáculo! Nas últimas jogadas, notava-se na sua face que a derrota era inevitável, tantos eram os erros a favorecer o argentino.

Sou um enorme fã de Federer, mas confesso que dei por mim a torcer várias vezes pelo Juan Martín del Potro, e fiquei super contente pela sua primeira vitória em majors. É um tenista jovem, talentoso e imensamente humilde. Com esta conquista, frente ao adversário que foi, e tendo derrotado quem derrotou na semi-final (Nadal), antevejo um promissor futuro na carreira deste jovem tenista das pampas, que já era o número 6 mundial.

Potro, sê bem vindo ao hall dos campeões do Grand Slam! E obrigado a ambos por uma excitante final!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Berlim (II) - Potsdamer Platz e Sony Center

De volta ao relato da minha viagem, após a rentré profissional...

Para fechar o segundo dia (primeiro completo) passado em Berlim, fomos visitar a histórica Potsdamer Platz, localizada a menos de 1 km da Porta de Brandenburgo. Desde a razia total provocada pela guerra, esta praça transformou-se na La Défense berlinense. Talvez não tão magnífica como a original, e certamente menos densificada, mas mesmo assim digna de se ver; sobretudo à noite, com os prédios todos iluminados, é impressionante.

Apanhámos a U2 em Alexanderplatz e, poucas estações depois, saímos dos subterrâneos para o átrio de um dos prédios que faz esquina com a praça. Logo aí, o nosso olhar foi logo apanhado pelo edificado de estética moderna e, sobretudo, alto. Coisa rara por cá... Do lado direito, visão aberta para Leipziger Platz, outra enorme praça com um curioso formato octogonal.
Na nossa exploração, deparámo-nos com a linha que indicava o local onde antes o Muro atravessa a praça de alto a baixo. "Berliner Mauer: 1961-1989", escrito numa placa metálica colocada sobre a estreita banda de pedras de calçada que atravessa a Linkstraße. Pena que uma grade de obras estivesse mesmo por cima da placa...

Com a fome a apertar e vários quilómetros nos pés, lá demos com o complexo da Sony Center (mais conhecido por "Praça Sony") a meio da Potsdamer Straße, no interior do qual encontramos, finalmente!, um sítio onde pudemos comer bem, barato... e sentados! E não podíamos, de facto, ter escolhido melhor local. Único pelo seu conceito arquitectónico de espaço público, de estética, e arrojo de engenharia, graças à enorme cobertura em forma de tenda. E o espectáculo começa mesmo após o anoitecer, quando a cobertura se torna uma enorme tela para um incrível show de luzes e cor. A comida até soube melhor! Foi um início de noite super agradável, pontuado com várias exclamações de júbilo por parte dos muitos alemães que assistiam à performance dos seus atletas nos Mundiais, através de um gigantesco ecrã.
Comemos a sobremesa numa gelataria super in (tipo lounge bar), na galeria comercial Arkaden, ali perto. De todas as gelatarias que poderíamos escolher, e de todas as empregadas dessa gelataria, logo fomos atendidos por... uma portuguesa!!! Rosa de seu nome, original de Seia, a certa altura deve ter topado o nosso ar de tugas e perguntou-nos (num inglês macarrónico) de onde éramos:

- "Portugal"
- "Já podiam ter dito! Eu também!"

Sim... como se nós fossemos mesmo adivinhar, lol. Foi muito querida, fez questão de nos tornar o serviço bem mais agradável. E o bem que soube falar um bocadinho de português com alguém para além de nós, "turistas".
Despedidas feitas, não regressámos ao hotel sem antes disfrutar de um passeio nocturno pelas redondezas da sempre animada e movimentada praça.

Potsdamer Platz

Esta praça situa-se no local onde a antiga estrada de Potsdam encontrava a muralha de Berlim. Neste ponto, existiu uma das portas alfandegárias da cidade, a porta de Potsdam (Potsdamer Tor), que ligava a antiga Potsdamer Straße (fora da cidade) à Leipziger Straße (dentro da muralha). Esta entrada foi ignorada no que toca ao seu desenvolvimento e enquadramento urbano, até que, no séc. XIX, encheu-se gradualmente de edifícios residenciais, destinados aos cidadãos que queriam morar fora da congestionada cidade e mais perto do Tiergarten. Em pouco tempo, a praça - outrora inexistente - transformou-se num bairro nobre, num fervilhante ponto de comércio, e importante cruzamento de estradas e ruas. Em 1838, a ligação de comboio Berlim-Potsdam foi inaugurada: em Berlim, a estação terminal foi erguida na praça (Potsdamer Bahnhof), devido às autoridades não permitirem a extensão da linha além da muralha. Com o crescimento de Berlim, a praça foi "invadida" por hotéis, lojas, teatros, cafés, restaurantes, bares e clubes, além de albergar inúmeros edifícios governamentais. Atingiu o apogeu da sua importância entre 1920 e 1940. Situada perto da chancelaria de Hitler e edifícios do Terceiro Reich, foi totalmente destruída pelos raides aéreos aliados. Após a guerra, a fronteira entre os sectores soviético e ocidental passava pelo meio da praça, e as crescentes tensões levaram ao esquecimento deste local por parte das autoridades dos dois lados, que preferiram desenvolver novos centros mais afastados do sector inimigo. A construção do Muro em 1961 deu a dimensão física a esta divisão e a praça, já deserta de prédios e pessoas, tornou-se "Terra de Ninguém". Em 1991, após a reunificação, foi criado um masterplan urbano que estabeleceu as regras que levariam ao renascimento de Potsdamer Platz como um dos principais e mais modernos centros urbanos da Europa.

Park Kolonnaden


O Muro passou por aqui...


Beisheim Center e a entrada da nova estação


Potsdamer Platz, vista da Leipziger Platz


"Bahn Tower", sede da Deutsche Bahn




Kollhof Tower




Junto ao Sony Center...




Casino de Berlim




Escultura no átrio da Huth Haus


Sony Center

Inaugurado em 2000, este moderno complexo foi projectado por Helmut Jahn, e a sua construção foi patrocinada pela japonesa Sony. A primeira pedra foi colocada em 1996 e, dois anos depois, o topo dos vários edifícios que o compõem foi atingido. Nesse mesmo ano, a gigantesca cobertura em aço, vidro, e tela começou a ser colocada, uns 65 metros acima da ampla praça central. De referir a integração de parte do antigo hotel Esplanade na estrutura do complexo, e que, para tal, foi necessário deslocá-lo 75 metros do seu local original, numa sofisticada operação. Este espaço público - visitado anualmente por 8 milhões de pessoas - contém diversas lojas, restaurantes, um centro de congressos, escritórios, apartamentos, um cinema IMAX, e museus dedicado à arte cinematográfica e televisão.















Melhor que fotos... só um vídeo (360º)

domingo, 6 de setembro de 2009

Acabou-se a boa vida

Chegaram ao fim as férias. Amanhã regresso ao trabalho.

Tenho aquela sensação de calafrio no estômago que, normalmente, sentia quando era véspera de regresso às aulas e não sabia o que esperar e o que me esperava. Se houve mudanças, se há novidades...

A juntar a isto, a "mini-depressão pós-férias" (acho que vou patentear o termo...) que vou ter nos próximos dias, e a valente carga de trabalho que me vai cair em cima, já que o laboratório não parou e há uma semana que está lá tudo, menos eu. Já estou mesmo a ver...

Parente estreia-se a vencer

Convidado pela equipa do FC Porto para substituir o lesionado Tristan Gommendy, o piloto Álvaro Parente, de coração assumidamente portista, venceu a segunda corrida da quarta ronda do campeonato da Superleague Formula, realizada este fim-de-semana no autódromo do Estoril. Parente deu, assim, a segunda vitória ao FC Porto, nesta temporada, ajudando o clube a manter-se nas posições cimeiras da classificação geral (6º, 206 pontos).



Ganda Álvaro!

Berlim (II) - Alt-Berlin e Cölln

Não foi preciso andar muito - apenas bastou sair de Alexanderplatz - para nos encontrarmos em pleno "bairro" (stadtviertel) de Alt-Berlin (Velha Berlim), a zona mais antiga e o centro histórico de Berlim.

Apesar da omnipresente Fernsehturm, outro edifício conseguia captar o nosso olhar: o da Câmara Municipal ou Berliner Rathaus, mais conhecida por Rotes Rathaus (Câmara Municipal Vermelha), devido à sua fachada totalmente em tijolo vermelho. No alto da imponente torre central, esvoaçava a bandeira vermelha e branca com o urso, símbolo da cidade, confirmando que ali era a sede administrativa da cidade.
Em frente à Rathaus, no ponto central de uma ampla praça ajardinada - e, surpresa surpresa... bastante movimentada - pudemos observar a majestosa fonte de Neptuno (Neptunbrunnen), com o deus mitológico no topo, rodeado de quatro figuras femininas representando os rios Reno, Elba, Vístula, e Óder.
Dali, demos um saltinho à Igreja de Santa Maria (Marienkirche), a mais velha de Berlim. Gótica de nascença - com uma fachada a tijolo que inspirou a Rathaus, certamente - mas com uma torre barroca de um bonito tom verde. Grande parte do seu interior estava em obras, mas isso não afectava o fluxo de visitantes e deu perfeitamente para tirar umas fotos.
Do outro lado da Spandauer Straße, e até encontrar o rio Spree, estendia-se o Marx-Engels-Forum, um enorme parque projectado pelas autoridades da ex-RDA como tributo aos criadores do Manifesto Comunista. Ao centro, numa área circular pavimentada, uma escultura de Karl Marx e Friederich Engels, da autoria de Ludwig Engelhardt, rematava o parque.

Alt-Berlin
(Velha Berlim)

Constitui, juntamente com a zona de Cölln, do outro lado do Spree, o coração histórico da capital alemã. Os primeiros registos datam de 1237 - considerado o "ano de nascimento" de Berlim. Desde então, este núcleo urbano desenvolveu-se e cresceu até atingir a actual dimensão. Em 1415, foi escolhida como local de residência dos príncipes-eleitores de Brandenburgo e, em 1710, fundiu-se com Cölln, por ordem de Frederico I, para formar a nova capital prussiana, que tomou o nome da então maior cidade. Impiedosamente bombardeada, sofreu extensas obras de reconstrução urbana que permitiram a abertura de largas praças e espaços verdes. Aqui se encontram alguns dos edifícios mais importantes da história e vida política, administrativa e religiosa de Berlim.

Sede dos governos municipal e estadual, a Berliner Rathaus foi construída em 1869 por Hermann Waesemann, e apresenta um estilo típico da Alta Renascença norte-italiana. O actual edifício substituiu o anterior, mais pequeno, e parte da antiga malha urbana envolvente teve de ser deitada abaixo para dar lugar à nova câmara. Danificado pela Segunda Guerra, foi reconstruído entre 1951 e 1956. Antes da reunificação, serviu como câmara municipal da parte leste de Berlim.

Mencionada em 1292, Marienkirche é - com a Nikolaikirche - a igreja mais velha de Berlim. Construída com tijolos vermelhos, ao estilo gótico vigente no antigo estado de Brandenburgo, a sua torre foi remodelada segundo o estilo barroco, após um incêndio no séc. XVII. No final do séc. XVIII, foi redesenhada segundo o estilo gótico revivalista, que ainda hoje apresenta.

Tribunal Regional


Berliner Rathaus






Neptunbrunnen










Marienkirche












Marx-Engels-Forum




Oops...


Encostámo-nos por um bocado num muro junto à ponte Schlossbrücke, que atravessa o estreitinho rio Spree, em direcção à Spreeinsel. No quarteirão de Cölln, em plena ilha, abria-se a Schloßplatz, um enorme espaço relvado onde, até há um ano, se erguia o Palast der Republik (Palácio da República), antiga sede do parlamento da RDA; antes dele, existiu o Palácio Real (Stadtschloss), residência urbana dos reis da Prússia e dos imperadores da Alemanha.
A sul, aquilo que à primeira nos parecia um palácio em si, era "apenas" o edifício dos estábulos reais, o Neuer Marstall, que agora alberga a Academia de Música Hanns Einsler. Ao lado, o renovado edifício do antigo Conselho de Estado (Staatsratsgebäude) da RDA. Actualmente, alberga uma escola de gestão e tecnologia e outra de administração.

Atravessámos a ponte para a ilha, para investigar um outro edifício de elevada majestosidade arquitectónica que já nos tinha suscitado interesse ao longe, pela sua enorme cúpula. Graças aos mapas pouco esclarecedores do nosso guia, andámos um pouco perdidos quanto ao o-que-era-o-quê, nesta zona da cidade. Assim, já na Museumsinsel (Ilha dos Museus), no cantinho que a Karl-Liebknecht-Straße faz com o rio, constatámos finalmente, que era (e só podia ser, mesmo) a Berliner Dom, a Catedral de Berlim. Faltam-me adjectivos que já não tenha usado para descrever a incrível beleza e sumptuosidade desta igreja... Só visto! Nem mesmo a pedra suja do passar do tempo (e poluição) - que andavam naquela altura a limpar, por acaso - tiram-lhe o "brilho". Entusiasmados com a ideia de visitar o seu interior e ir até à cúpula, demos de caras com uma enorme fila para comprar bilhetes... a 8 Euros. O problema foi que, como tivemos a pontaria de apanhar uma missa a decorrer, mesmo que tivessemos comprado as entradas teríamos de esperar que terminasse. 'Tá bem... xau aí. Não se pode ter tudo.

Cölln, Spreeinsel
(Cölln, Ilha do Spree)

A zona central da ilha de Spree, albergou parte da antiga malha urbana. No séc. XV, o eleitor Frederico II construiu um castelo no centro de Cölln, para onde mudou a sua corte. Em 1538, o castelo foi demolido para dar lugar ao Palácio Real (Stadtschloss), de estilo renascentista. Ao longo dos três séculos seguintes, o Stadtschloss foi sendo expandido e actualizado conforme o estilo em voga. Foi de uma varanda deste palácio que, em 1918, foi proclamada a República de Weimar, durante a qual albergou um museu. Destruído quase totalmente na Segunda Guerra, as autoridades da ex-RDA decidiram pela não-reconstrução, demolindo-o em 1950. Apenas a varanda de 1918 sobreviveu e foi incluída no edifício do Conselho de Estado (Staatsratsgebäude), construído em 1964. Em 1976, foi inaugurado o Palácio da República (Palast der Republik), no local do antigo palácio; entre 2006 e 2008, este foi demolido com o objectivo de libertar o espaço para a reconstrução do Stadtschloss.

A Berliner Dom - que, apesar do nome, nunca foi sede de bispado - teve origem numa capela incluída no castelo de Frederico II. Reconvertida em igreja paroquial, recebeu o estatuto de igreja colegiada. Em 1747, a igreja foi demolida, sendo erguida uma nova igreja barroca a norte do Stadtschloss. Em 1893, esta foi também demolida para ser substituída pelo presente edifício. Inaugurada em 1905, era a maior (114 metros) e mais exuberante de todas as igrejas que a precederam, mas os bombardeamentos aliados não a pouparam, afectando sobretudo a cúpula. Autorizada pelas autoridades comunistas, a sua reconstrução teve início em 1975 e foi concluída em 1993.

Schloßplatz, do outro lado do Spree, com o Staatsratsgebäude ao fundo


Neuer Marstall (grandes estábulos!)


Berliner Dom














Remetidos a admirar o exterior da catedral, decidimos concluir por esse dia, a visita ao centro histórico. Regressámos a Alexanderplatz - com a tal paragem na Fernsehturm onde pensámos nós que talvez ainda conseguíssemos subir à plataforma de observação - e apanhámos o metro até ao local escolhido para fechar de vez o dia: Potsdamer Platz e o Sony Center!



Vista da entrada da Fernsehturm