Oficialmente, "Formação interna do biotério". Seja qual for o nome que se lhe dê, foi isto que preencheu os meus dois últimos dias da semana que passou, no regresso ao IBMC. Só não percebo porque não foram capaz de agendar isto para a semana seguinte, se estavam tão necessitados de fazer a uma 5ª e 6ª feira... Ainda tinha ficado com uma segunda semana inteira de férias e de preparação mental para o regresso ao trabalho.
E começou muito bem. Não fui avisado (a responsável pela formação não tinha o meu endereço de e-mail - mas tinha o da minha colega... que não podia frequentar!) que as aulas téoricas começavam, não às 9h30, mas às 14h30. E assim acordei eu cedinho e com sono, saí de casa a chover e fui bater com o nariz na porta fechada do auditório. Just great! No dia seguinte, seria o mesmo cenário, mas desta vez haveria mesmo aulas de manhã.
Nem falo das teóricas porque nem consigo transcrever aquilo que foi dado porque é tudo tão interessante que já nem me lembro. Ah... instalações sanitárias e condições de alojamento, características biológicas e necessidade fisiológicas dos animais, etc. etc.... O que teve piada foi meter as mãos à obra e manipular os animais; no meu caso, ratinhos, apesar de também haver ratos (maiores, sim, e com caudas da grossura do dedo mindinho, como a minha mãe tem medo, lol). Coitados dos bichos. Bem sei que eram excedentes e destinados a eutanásia, mas fizemos-lhes tanta judiaria que quase os matávamos era do susto e ansiedade que das acções em si. Sabiam que o método de acalmar ratos nervosos, quando os tiramos da caixa, é segurá-los pelo peito e agitá-los para cima e para baixo com brusquidão??? Que mocada! :D
Com alguma dificuldade, lá consegui aprender a pegá-los pelo cachaço e a administrar anestesia via intraperitoneal (tem que se esticar e imobilizar o bicho pelas costas e injectar junto à pata). Fiquei orgulhoso de mim, lol, porque estava a ser-me difícil agarrar correctamente e depois a prender a cauda e a pata traseira esquerda; são três acções com a mesma mão! Depois de anestesiados foi, então, mais fácil e praticámos todos os outros tipos de injecção - intravenosa, intradérmica, subcutânea - e no fim, porque ainda estavam vivos mas todos picados, e antes que acordassem, eutanasiamo-los intracardiamente (sim! no coração!).
Da próxima vez, vou para o biotério aprender como se trabalha lá. No fim desta formação, devo garantir a categoria B da FELASA para trabalho com animais de laboratório.
e mais pintinhas...
Há 8 anos
3 comentários:
Ciência a quanto obrigasa! Mexer em ratos. iurc :D
LOL, são tão giros! Cutchi cutchi :P
Que engraçado. Também fiz esse curso. Nesse dia. Nesse sítio
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