"Uma imagem vale por mil palavras".
O sábio que proferiu esta frase não imagina a gratidão dos milhões de pessoas que vêem o seu trabalho bastante encurtado. Que melhor maneira de mostrar o meu Natal do que através de fotos? Segue-se a foto-reportagem:
1) As decorações
O pinheiro. Já o temos desde há não sei quantos anos. Antes era costume comprar pinheiros vivos, mas depois começou a ficar muito dispendioso ter de os substituir todos os anos (e o lixo que ficava depois de o tirar) e optámos por este artificial. Até que é bem jeitosinho. O último pinheiro natural - holandês - foi plantado no nosso quintal e deu-se bem com o clima de cá (deve ser parecido com a terra "natal"), de tal forma que já tem uns 3 metros de altura! Pena é que não se tenha previsto que crescesse tanto e assim agora não tinhamos uma janela quase tapada por ele...
Em cada ano, procuramos variar nos elementos decorativos que já possuímos, porque isto não está para comprar um "enxoval" novo para o pinheiro todos os anos. Desta vez, aproveitou-se os brindes natalícios do JN e até que ficou muito bem, com as habituais bolas; as fitas douradas regressaram este ano, também.
Há já muuuuuito tempo que não via a nossa árvore com a base tão bem aconchegada, mesmo contando com as inúmeras e sempre enormes prendas do meu sobrinho (quem dera ser criança, novamente...). Depois de alguns Natais mais "pobres" em termos materiais, é um regozijo ver uma árvore tão bem acompanhada.
O presépio. Este também já o temos há uns bons anitos. As figuras parentais são mais recentes, já que o Menino Jesus e a manjedoura está cá em casa desde que tenho memória. Foram compradas para substituir um presépio mais pequenino (bem mais pequeno!) que já não tinha piada nenhuma. Este tem figuras de Nossa Senhora e São José bem mais generosas - e bonitas, num estilo clássico que tanto gosto.
Costumamos colocá-las numa mesinha no hall de entrada, onde têm um bom destaque, principalmente para quem entra em casa. Umas velinhas com aroma para dar a envolvência especial que sabe tão bem, nesta altura...
... e o meu sobrinho concorda comigo!
Temos outras decorações desenrrascadamente espalhadas pela casa, lol. Um grinalda pendurada na porta principal, e uns anjinhos e sininhos espetados nas sanefas das janelas.
2) A mesa da Consoada.
"Esticada" e posta para as oito pessoas do costume - eu, pais, irmã e sobrinho, mais os tios e primo de Guimarães que, desde que me lembro, vêm passar o Natal connosco. A toalha, o serviço e os guardanapos guardados e/ou comprados especialmente para a época...
... e o "centro de mesa" - nada mais, nada menos do que uma taça de cristal com umas fitas sobrantes de outros Natais e a estrela que costumava encimar o pinheiro mas que, tendo ficado com a base partida, foi reencaminhada para outros usos, agora.
3) Os frutos e os doces
Como se vê, no que toca a frutos secos ou cristalizados, é grande a variedade cá por casa. Infelizmente, o meu paladar não aprecia nada, ou quase nada, disto...
... seja figos com amêndoas...
... ou figos com nozes. O que ainda sou capaz de comer é os pinhões (poucos) e cerejas cristalizadas (uma a cada tentativa).
Por tradição, não falta o danado do bolo-rei. Se eu mandasse e os meus pais não gostassem desta coisa, nem sequer entrava cá em casa! Argh, que bolo mais intragável. Já quando é bem feitinho eu não gosto dele, quanto mais quando a massa sai seca ou demasiado dura, segundo quem o come... Mas, por outro lado, vejo-o já quase como uma "decoração" natalícia e seria estranho não o ver pousado junto da restante doçaria... Enfim.
Agora, se não fosse estes que se seguem, então eu quase que passava fome - não querendo, claro, ofender aqueles que nem um pão têm para nutrir o seu corpo nesta altura.
Umas das coisas boas de se crescer é que certas coisas que não se gostava em criança passa-se a gostar em adulto. E ainda bem que passei a gostar de rabanadas! Sinceramente, não sei onde tinha a cabeça para não gostar delas...
Não pode sequer faltar o meu doce favorito de todos - ARROZ DOCE! E se não é um doce tradicional da época, rapidamente se disfarça com uns desenhos a canela aqui pelo je, lol. E saboroso, como sempre!
Também o pão-de-ló, trazido pelos meus tios e primo. E estava tal como gosto: fofo e molhadinho!
O prato principal foi o habitual bacalhau cozido. Ironicamente, a forma de bacalhau cozinhado que menos aprecio, vá se lá perceber... Mas estava bom, não me queixei. Misturado com batatas e ovo também cozidos e bem regado com azeite... Um mimo! Infelizmente, não fotografei o dito cujo porque achei que era um bocado abusado estar a fotografar a comida posta na mesa com o pessoal já à espera de atacar, lol.
As restantes fotos por mim tiradas cobrem a abertura das prendas, com especial destaque às do meu sobrinho, mas por razões óbvias não vou estar a publicá-las aqui sem o seu conhecimento. São para "consumo interno", se não se importam. Mais tarde, falarei das prendas que o São Nicolau deixou por cá.
Depois de, há uns anos, a minha tia e primo, de Lisboa, terem deixado de vir cá ao Porto, o meu Natal passou a sê-lo um bocado menos. Para mim, ainda continua a valer pela reunião e convívio familiar. O calor humano. E quando a família deixa de se reunir, vai-se perdendo esta magia. Desde há muito tempo, e à medida fui crescendo, que me apercebi que não são as prendas, por si só, que completam o meu Natal. Até porque houve Natais em que não recebi nada - nem dos meus pais - mas bastava terem estado cá os tios de Guimarães, juntamente com os de Lisboa, que seria como os melhores Natais da minha infância.
Em suma, foi um bom Natal (como costumo desejar aos outros), melhor que os últimos, nem que seja porque desta vez pude ter o prazer de DAR prendas em vez de as receber. Hehehe... não, Hohoho!
e mais pintinhas...
Há 8 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário