sábado, 18 de outubro de 2008

Max Payne



Estreou na quinta-feira, mas só hoje fui ver. Isto para mostrar como já esperava pela estreia deste filme há algum tempo.

Acho que já confessei o quão fã eu sou dos (ainda só) dois jogos de computador. Estranhamente, não me lembro como encontrei o primeiro jogo, só sei que joguei e fiquei viciado e não descansei enquanto não tivesse o segundo.
O que me atraiu? Primeiro, o facto de um third-person shooter game conseguir ter uma história tão interessante, convincente e engenhosamente estruturada. Segundo, a excelente forma como ela é apresentada: banda desenhada, ao estilo de Sin City. Aliás, o sentimento noir e depressivo é quase ou tão bom. Terceiro, a FABULOSA banda sonora e tema principal que promovem o ambiente ideal.

Daí que quando soube da adaptação hollywoodesca (vi muita coisa "indie" na net), não via a hora de fixar os meus olhos durante quase 2 horas nesta película. Não porque soubesse quem era o realizador ou quem iria fazer as diferentes personagens - sou tudo menos cinéfilo - mas porque queria mesmo ver como se consegue adaptar ao ecrã algo que funciona muito bem como videojogo. Teria necessariamente de haver alterações porque há coisas que funcionando como jogo não saem tão bem em filme.

Como, já disse, sou tudo menos cinéfilo e crítico de cinema, gostei do que vi. Conseguiram construir um filme que se manteve fiel a muito do jogo original mas reestruturando a história de modo a ter um principio, meio e fim(?). Estética visual deliciosa, mantendo ao máximo o sentimento negro e profundo da história. E Mark Wahlberg encarnou bem a atormentada e vingativa - não tão filosófica como no jogo - personagem.

Claro que houve coisas que não pareceram tão bem. Houve demasiado ênfase sobre as "valquírias" (um pouco demoníacas) que apareciam nas alucinações dos drogados, dando a parecer em certa altura que estava a ver o "Reign of Fire" fundido com "Os Dias do Fim". Jim Bravura, um velho polícia de raça branca, transformou-se num jovem detective afro-americano (???). E tive pena - mas era esperado, já que este filme é do primeiro jogo - da pouca influência da Mona Sax na história. Mila Kunis é girinha, mas se fizerem um segundo filme, espero que, tal como no jogo, a Mona seja bem mais madura e sensual.

Mas o que não perdoo MESMO... foi não terem usado o tema do jogo. Nem que tivesse sido arranjado de outra forma. Para mim, Max Payne tem de ter isto.

"I don't believe in heaven.
I believe in pain.
I believe in fear.
I believe in death."


1 comentário:

Girstie disse...

Eu só conheço a música. E porque u um dia ma enviaste. E é maravilhosa!